A marca do tempo nas obras de arte

Perambulando pela internet, achei uma postagem no site IdeaFixa falando sobre a marca do tempo sobre as obras de arte. Como tudo na vida, o tempo muda as pessoas e as coisas, e obviamente, as obras de artes não estão salvas das marcas do tempo. Mas graças aos processos de restauração conseguimos interpretar melhor as peças e descobrir alguns segredinhos que elas escondem.

1. A Mona Lisa não era tão amarronzada desse jeito

A Mona Lisa que todos conhecem nem sempre foi assim. O Leonardo da Vinci completou a obra no século 16, e ela foi parar no Museu do Louvre em 1797. Nesse tempo, diversas camadas de verniz foram
aplicadas na obra, o que fez com que ela começasse a escurecer. Mesmo ela sendo sempre bem cuidada, essas mudanças aconteceram porque a obra esteve em muitas mãos diferentes. Inclusive a de Napoleão, que manteve ela no seu quarto por um bom tempo. 

"A citação de Giorgio Vasari- que descreveu a Mona Lisa poucas décadas após ela ser finalizada- dá uma ideia de como as cores foram distorcidas ao longo dos anos: " Os olhos tinham um brilho aguado, as narinas rosadas e macias como se estivessem vivas... A abertura da boca parecia não ser pintada, mas de carne viva." www

2. A obra " The Night Watch" deveria ser "The Day Watch"

  Outro caso de escurecimento por causa da grande quantidade de verniz.  A obra recebeu o nome de "Companhia Milícia do Distrito II sob o comando do Capitão Frans Banninck Cocq" quando foi finalizada por Rembrant em 1642. Depois de um tempo, a obra começou a ser chamada de "The Night Watch" (A Ronda Noturna), devido a camada de verniz que acabou escurecendo a pintura. Só em 1940, quando o verniz foi removido, ficou muito claro que a obra deveria se chamar " The Day Watch". Porém o nome já tinha pegado e não adiantaria nada mudar.

Outra coisa que também aconteceu, foi um recorte feito em  1715 para caber no espaço escolhido na Câmara Municipal de Amesterdã. Esses tipos de cortes eram super comuns naquele período. E cerca de dois metros do lado esquerdo da obra foram perdidos. Além de um arco na parte superior.

 3. Os pés de Jesus foram retirado da "A Última Ceia"

  A obra pertencia a uma parede do mosteiro de Santa Maria delle Grazie, em Milão. Ela acabou levando vários anos da vida do Leonardo da Vinci. O que acabou deixando ele furioso.  

 E o tempo começou a declinar a pintura logo após ser concluída. Várias partes da peça foram destruídas. Até mesmo uma porta foi colocada na parede onde ela ficava, oque retirou os pés de Jesus. Durante a Segunda Mundial, o mosteiro foi bombardeado. Mas a parede onde a pintura estava continuou lá, firme e forte.

4. "O Grito" são 4 obras diferentes

  Quem aí já brincou de fazer a careta da pintura "O Grito"? Hahaha. Pois bem, a pintura na verdade faz parte de  uma série de obras. No total são quatro, duas são pinturas, uma é pastel e outra é litografia. 

  Diferente das outras obras de arte dessa postagem, essa não sofreu grandes alterações pelo tempo. Afinal não faz muitos anosque elas foram concluídas. Mas pouquísssimas pessoas sabem que a pintura faz parte de um conjunto de 4 obras, uma diferente da outra.